Almada, 16 de Fevereiro de 2010
A edição de 2010 da Mostra de Teatro de Almada entra na sua terceira semana com a peça O Tesouro, uma apresentação do Teatro Extremo – Associação Cultural, dia 18, quinta-feira, às 21h30, no Auditório Fernando Lopes Graça. Trata-se de um "Poema em Movimento" de Manuel António Pina, encenado por Fernando Jorge Lopes. Neste espectáculo, uma turista visita um lindo país de clima agradável, mas os seus habitantes parecem ser um povo infeliz e solitário, aparentemente sob o peso de uma misteriosa tristeza. Que teria acontecido? “Vozes sussurravam, na noite, que aquele povo tinha perdido o seu mais valioso tesouro: a Liberdade.”
A 19 de Fevereiro, às 21h30, na Casa Municipal da Juventude de Cacilhas – Ponto de Encontro, o Teatro ABC.PI apresenta A Chuva, um espectáculo encenado por Laurinda Chiungue, a partir de “Estava em Casa e Esperava que a Chuva Viesse”, de Jean-Luc Lagarce, onde três jovens mulheres, entre a vida e a morte, travam uma luta interior com a existência, procurando sobreviver àqueles que morrem ou se deixam morrer. “Elas resistem e revelam-se enquanto a vida acontece”, lê-se na sinopse da peça.
A 20 de Fevereiro, sábado, duas ESTREIAS em simultâneo:
- no Auditório Fernando Lopes-Graça, às 21h30, o Teatro A Todos sobe ao palco para apresentar Génova 01, de Fausto Paravidino, um relato feito logo após as manifestações contra o G8 em Génova, Itália. O texto põe em confronto diferentes versões sobre a responsabilidade da morte de um rapaz, sobre um mundo que se acredita possível sem a violência, a prepotência, a manipulação e o medo. Este espectáculo será precedido pela animação Memória Viva Ou (Sabemos, Vimos, não Podemos Ignorar!), que resulta de ateliês de teatro abertos a alunos da Escola Secundária do Monte de Caparica e da Universidade Sénior de Almada (USALMA), integrados no projecto LÍNGUA, CULTURA, CIDADANIA – ALReP (Almada Referencial do Ensino do Português);
- no Salão de Festas da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, às 21h30, o Cénico da Incrível Almadense apresenta A Conferência e a Crítica do Tempo em Duo. O espectáculo inicia-se com uma “conferência” que, por diversos imprevistos, não chega a acontecer. Excedido o tempo, tem de dar lugar à apresentação da peça “A crítica do tempo em duo”, sobre um casal de brasileiros, emigrantes em Portugal, que tentam exaustivamente obter sucesso profissional.
21 de Fevereiro, domingo, começa com o espectáculo-workshop Memórias de Embalar, de António Rocha. Esta produção da Armadilha (Associação de Teatro e Música com Cultura) sem texto, nem enredo, desenrola-se à volta de canções instrumentais e muito movimento. Essencialmente destinado a bebés e crianças até aos 3 anos, com a participação dos adultos que as acompanham, esta espectáculo-workshop terá duas apresentações no Teatro Extremo: às 11h (0 aos 24 meses) e às 12h (24 aos 36 meses).
Esta semana da Mostra termina no domingo, 21, às 18h, no Auditório Fernando Lopes Graça, com Avesso, de Marina Nabais, uma apresentação da Associação Cultural A Menina dos Meus Olhos, onde a pele é o tema principal e o público é convidado a fazer parte da peça, explorando os limites do seu corpo. Um espectáculo sensual, às vezes frágil, às vezes desafiador, mas sempre com paixão e humor.