Almada, 22 de Fevereiro de 2010
A 14ª edição da Mostra de Teatro de Almada termina esta semana, com uma programação intensa entre os dias 25 e 27, que inclui cinco estreias nacionais.
No dia 25, quinta-feira, às 21h30, decorrem três espectáculos em simultâneo, em diferentes espaços do concelho de Almada:
- na Casa Municipal da Juventude de Cacilhas – Ponto de Encontro, o Ninho de Víboras estreia o espectáculo Vende-se País solarengo com vista para o mar. Este trabalho resulta de um projecto de formação na área da Composição Coreográfica, orientado pelas coreógrafas Cláudia Dias e Márcia Lança, que decorreu no espaço da Casa da Juventude de Cacilhas, em 2009. Trata-se de uma peça exploratória de uma só imagem – a construção de uma planta – até ao surgimento de uma dramaturgia e de uma narrativa que emergem da leitura por parte do espectador. Esta peça será novamente apresentada nos dias seguintes, 26 e 27, sexta e sábado, respectivamente, no mesmo local, à mesma hora;
- na Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNL), o Novo Núcleo de Teatro da FCT estreia, em apresentação única, a peça Tartarugas e Migração, com encenação e cenografia de Sandra Hung, onde se pretende utilizar o corpo do actor e as suas possíveis limitações e/ou aptidões como pontos de partida à criação teatral, para contar histórias de um corpo, de uma família, de um país à medida que é confeccionada uma refeição;
- no Auditório Fernando Lopes-Graça, o grupo de teatro O Grito apresenta um clássico, A Casa de Bernarda Alba, última obra dramatúrgica que Federico García Lorca escreveu antes de ser executado, aqui com encenação de Anabela Neves. Garcia Lorca transporta-nos para um tema intemporal, onde a exigência dos padrões sociais fala sempre mais alto do que a natureza humana.
Dia 26, sexta-feira, às 21h30, outra estreia, no Auditório Fernando Lopes-Graça, onde o grupo Crème de la Crème irá apresentar Bom Apetite!, de Anabela Mira e Pepa Diaz Meco. Entre a comédia e a tragédia, neste espectáculo contam-se as desventuras de uma empregada de mesa, como ponto de partida para reivindicar o ócio, tal como o entendiam os romanos. “Afinal vivemos para trabalhar ou trabalhamos para viver?”
A Mostra termina a 27 de Fevereiro, sábado, com duas estreias:
- às 17h, o grupo do Teatro da Academia sobe ao palco do Salão de Festas da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense para apresentar o Auto da Barca do Inferno, numa adaptação livre, muito contemporânea e muito divertida do texto de Gil Vicente, dirigida aos mais jovens, feita pelo grupo de teatro Viv’Arte da Escola Secundária de Oliveira do Bairro;
- às 21h30, o Teatro & Teatro – ACOME (Associação Cultural O Mundo do Espectáculo) encerra a Mostra no Auditório Fernando Lopes-Graça com a estreia de STELLA – teatro breve, com encenação de Manuel João. São três peças breves – “Stº António de Florida”, “Cinzas do defunto” e “O Bebé Proveta” – de Stella Manaut, autora espanhola, que com o seu humor irreverente obrigam o espectador a reflectir, entre sorrisos e gargalhadas.