CACHORROS ESPECIAIS
de Fernando Rebelo M/16 ESTREIA
14 Abril 2011, quinta 21h30
Teatro Extremo
Encenação Alexandra Sargento Intérpretes Fernando Rebelo e Pedro Bernardino Figurinos Alice Rolo Fotografia e Grafismo Nuno Quá Luz e Operação Luz Mário Afonso Operação de Som Mário Afonso e Patrícia Vieira Cenografia OTA Produção Executiva OTA
Pedimos emprestadas as palavras de um Prémio Nobel: o senhor Dario Fo. Desde já, aqui lhe enviamos o nosso bem-haja!
«Hoje, os meios de comunicação de massas funcionam como uma britadeira. São rolos compressores brutais que, por meio de uma avalanche de tele-sorteios, espectáculos de efeitos especiais, girândolas, sons de tiroteios, nos deixam aturdidos e desnorteados. Desenvolvem uma agitação sem harmonia. A imaginação capaz de criar movimentos coreográficos é substituída pela imaginação produtora de uma gestualidade epiléptica, desconexa e obsessiva. Como afirma um amigo poeta: “Os rapazes e as raparigas parecem flores murchas em hastes sem raízes”. Festejar é uma arte, não basta a vontade de fazer uma festa. (...) Cada cultura tem o teatro que merece. (...) Para cada um, o mais importante é ganhar os prémios de estímulo e as devoluções fiscais, não aborrecer os burocratas do ministério ou os encarregados dos partidos no poder, auferir uma boa verba e não revolver o pântano. Tudo isso para que haja uma unanimidade em defini-lo como uma pessoa de teatro inofensiva. Amén!»
A Oficina de Teatro de Almada (OTA) surgiu em 1992/93 da vontade de um conjunto de pessoas que se juntou a partir de diferentes vivências teatrais. Com a garantia de um espaço de acolhimento, a Sociedade Recreativa União Pragalense, com a ideia de arrancar com um grupo de teatro preocupado, em primeiro lugar, com a formação e iniciação teatrais e, em simultâneo, com a produção e apresentação de espectáculos de forma regular e em moldes que fossem ultrapassando gradualmente a de um colectivo de amadores teatrais – tais eram e continuam a ser os desígnios que norteiam a OTA.