DE MIGUEL CASTRO CALDAS
20 NOVEMBRO, TERÇA-FEIRA, ÀS
21H30
SALÃO DE FESTAS DA INCRIVEL ALMADENSE
M/12
Encenação Laurinda
Chiungue
Dramaturgia, Figurino e Fotografia Teatro ABC.PI
Grafismo FANQ
Desenho e Operação de Luz André Almeida
Desenho e Operação de Som André Nascimento
Cenografia
Pedro Frutuoso
Coreografia
Laurinda Chiunge, Maria Radich
Música André
Nascimento
Produção Executiva Cristina Tasqueira
Interpretação Maria
Radich, Miguel Eloy
Este
projeto tem a particularidade de desafiar o teatro a estabelecer uma linguagem
física do texto, que permita ao espetador construir a dimensão do espetáculo
através da fruição despoletada pela interação e fusão estabelecida com o
movimento. Do jogo sensível entre o texto e o movimento surge o conceito de
teatro físico. Este, é geralmente usado para descrever qualquer forma
performativa que se dedica e se baseia na construção de uma linha dramatúrgica
assente essencialmente na fisicalidade do corpo. Que explora um texto
pré-existente em que o foco recai no trabalho físico dos intérpretes. A
expressividade através do corpo ganha importância. Esta importância é, em Numa Noite o Rio Passou, simultaneamente
simbólica, na medida em que não é meramente a constatação de que o objeto
artístico dá o texto ao corpo ou o corpo representa o texto, expondo-se esta
relação. Este projeto reflete a noção de teatro físico porque partimos do
universo de Miguel Torga e do texto de Miguel Castro Caldas para chegar ao
movimento da intérprete e à voz do ator, visando explorar e experimentar a
força da dimensão visual, psicológica e humana da criação, através da união
entre duas formas de expressão distintas e próximas: corpo e palavra.
SOBRE O GRUPO (http://teatroabcpi.blogspot.pt /
www.facebook.com/TeatroABC.PI
)
O
Teatro ABC.PI estabelece-se através de um percurso de procura e de entrega
artística de jovens criadores. Surge em 2003 através da união de jovens atores
da ESTC (Escola Superior de Teatro e Cinema) e do encenador Rogério de
Carvalho, e fundamenta-se em 2005 através da apresentação do primeiro
espetáculo A Apologia de Sócrates de
Platão. O espetáculo, encenado por Rogério de Carvalho, estreou em Julho de
2005 no 22º Festival Internacional de Teatro de Almada, foi reposto em 2007 no
Teatro Municipal de Almada e teve digressão no Porto através da apresentação de
espetáculos no Estúdio Zero (espaço da Companhia As Boas Raparigas...). Foi
ainda apresentado à comunidade educativa, nomeadamente a alunos e professores
do ensino secundário e universitário.
A Apologia de Sócrates marcou o início do processo de criação e produção
do Teatro ABC.PI, contando com o reconhecimento, a valorização, a aproximação e
cumplicidade plena do público em geral. A existência do Teatro ABC.PI evolui
necessariamente em aliança com as pessoas, trabalhando a visão de um teatro
revelador através de um discurso artístico pleno e transparente, que visa conciliar
e unir as pessoas em torno de obras artísticas de carácter universal
tornando-as vivas e presentes, integrando o público no ato cénico total de
forma próxima e cúmplice à criação pelo processo de fruição artística.