A Lagarto Amarelo
“TRÊS MÁSCARAS”
ESTREIA
11 NOVEMBRO | SEXTA | 21H00 | M/12 | 60’
CINETEATRO DA ACADEMIA ALMADENSE
fotografia©Luís Aniceto/Vítor Cid |
Publicado em 1940, “Três máscaras“ de José Régio, trouxe para o conflito dramático três personagens distintas do teatro europeu: Mefistófeles e Pierrot que disputam o amor de Columbina. Contextualizada por um baile de carnaval, a cena estabelece um jogo repleto de máscaras e aparências. A vida social é aqui metaforizada pelo autor numa visão crítica e quase grotesca da verdade e da mentira, sublinhada pelo caráter intrínseco da cada uma das máscaras e pela utilização de quem está por detrás delas. Na verdade, quem está mascarado diz a verdade mas, na ausência desse escudo, mente. As camadas de máscaras sucedem-se, filtram os discursos e regem comportamentos. Num paradoxo permanente o disfarce revela e ao mesmo tempo esconde. A máscara ganha assim contornos de segunda pele provocando uma realidade virtual que afinal, se confirma nos dias de hoje. O autor metaforiza a vida quotidiana da sociedade da altura, repleta de aparências, com a festa de mascarados. Os três personagens escudados pelas máscaras vão se desafiando, e quando as suas identidades são postas em causa cai a máscara, dando lugar a outra, provocando momentos de ruptura.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Autor: José Régio | Encenação: João Ferrador | Interpretação: Cláudia Negrão, Tomás Curveira, Ruben Dias | Espaço Cénico: Hugo Migata, Pedro Alexandre Silva | Música e Desenho de som: João Balão | Luz e Operação técnica: Daniel Polho | Produção: A Lagarto Amarelo