18ª Mostra de Teatro de Almada começa a 7 de
Novembro
A Mostra de
Teatro de Almada atinge este ano a sua maioridade, celebra 18 edições e são
muitas as novidades. Ao todo, 19
espectáculos de 17 grupos, entre profissionais e amadores, mostram as suas mais
recentes criações.
A cerimónia de abertura realiza-se a 7 de
Novembro, às 21h30, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, na zona
histórica da cidade de Almada. Nesta ocasião, que conta com a presença da
organização do evento - a Câmara Municipal de Almada e os representantes dos
Grupos - José Vaz, escritor, actor e encenador d’ O Grito apresenta o lançamento
do livro “Sinas” de João Vasco Henriques, com ilustrações de A. Mimura e as
Produções Acidentais apresentam “Carnival - comei as vossas crianças”, um espectáculo de percurso que convida à intervenção do público, com encenação e
interpretação da actriz Luzia Paramés.
Oito estreias compõem a programação:
“Noite de Guerra no Museu do Prado” pelo Teatro & Teatro que Rafael Alberti
escreveu inspirado num episódio por ele vivido durante a Guerra Civil Espanhola;
“Ciclo do Amor” pelo Teatro ABC.PI, com direcção artística de Laurinda
Chiungue, com base no "Cântico dos Cânticos" de Salomão; “A Cadeira”
pelo Crème de la Crème, um espectáculo que encontra na commedia dell’ arte e no jogo do clown
linguagens para gerar cumplicidade com o público; o ansião Gitt estreia “Monólogos Cruzados” da autoria de
Xico Braga e encenação de
Vítor Mio, que encerrará a programação desta 18ª Mostra.
Para os mais novos, o Grupo de Teatro Musical da Academia Almadense apresenta
o “Sítio do Picapau Amarelo”, criado a
partir da conhecida obra do brasileiro Monteiro Lobato levada à TV; o Grupo de Teatro da Manuel da Fonseca traz à cena dois novos espectáculos, “Pássaro Branco” inspirado na obra homónima de
Maria Rosa Colaço e “Na minha terra
isto acontece (O Direito ao Sonho)” de Ferrer Asturiano e Marina Nabais apresenta a peça coreográfica “Dançário”.
Nesta Mostra de
Teatro, participam pela primeira vez o Alpha Teatro com direcção dos jovens
actores Sofia Raposo, Luís Menezes e Mariza Carrière; o Teatro
na Gandaia da Costa da Caparica com uma encenação do actor Rui Cerveira; e a produção Actos Urbanos do Teatro de Areia com direção de Joana
Sabala e texto de Sarah Adamopoulos.
Participam, também, o Teatro Extremo com “Depois de Darwin”, uma encenação
de Ana Nave, o Ninho de Víboras com
“Até Amanhã!”, um texto original de A. Branco, O Grito com
“Itália-Brasil 3-2” de Davide Enia, o Novo Núcleo de Teatro com
“Húmus: Recompostagem” a partir de Raúl Brandão e Shakespeare e o Cénico da
Incrível Almadense leva à cena “O amor é uma invenção do cinema” do Luís Alves Milheiro. O Artes e Engenhos apresenta duas
peças, “Medeia” encenada por Francisco
Salgado e Sandra Hung e “Woyzek 1978” de Alexandre
Pieroni Calado que tem como
ponto de partida materiais de arquivo e testemunhos da encenação do Teatro da
Cornucópia.
A programação não é só composta por
espectáculos. Há espaços de convívio entre público e artistas como a tertúlia
dedicada a “Palcos da
tecnologia. Uma incursão da história da tecnologia no teatro” pela Professora
Paula Diogo e o ponto de encontro após os
espectáculos, aos Sábados, pela primeira vez no emblemático café “Calhambeque”, na rua Capitão
Leitão.
A 18ª Mostra de Teatro de Almada realiza-se
em diferentes locais do concelho
de Almada (Teatro Municipal Joaquim Benite, Casa da Cerca, Casa Municipal da
Juventude de Cacilhas, Teatro Extremo, Auditório Pluricoop, Incrível Almadense,
Recreios Desportivos da Trafaria), sendo que nesta edição acontece em dois novos espaços: o
recém-reinaugurado Cineteatro da Academia Almadense e a Biblioteca Municipal Maria Lamas situada no Monte da Caparica.