DESTAQUES DA ÚLTIMA SEMANA da 17ª Mostra de Teatro de Almada
[21 a 24 Novembro]
Antes de chegar ao fim, o programa da 17ª Mostra
de Teatro de Almada (MTA) inclui seis espetáculos para assistir na última
semana, entre os quais três estreias, e ainda uma tertúlia dedicada ao tema da
dramaturgia.
No dia 21 de Novembro, às 10h30 e 16h, as
Produções Acidentais apresentam no Teatro Municipal Joaquim Benite a sua mais recente
criação, “Assim falou Beremiz” (M/9), a partir de um texto de Malba
Tahan. A dramaturgia é de João Vasco Henriques e Luzia Paramés que também encena
este espetáculo que desvenda aos mais novos a poesia dos números.
Às 21h30, no Auditório Fernando Lopes-Graça
estreia “Ferida Aberta Woyzeck”
(M/12), encenação de Alexandre Pieroni Calado com Gustavo Vargas e Tiago
Mateus, a nova produção da Artes e Engenhos. Partindo de fotografias e de
desenhos do cenário, assim como das anotações de ensaio e da versão
dramatúrgica de “Woyzeck” (1978) do Teatro da Cornucópia, movimentamo-nos até
um espetáculo impossível. Woyzeck é uma ferida aberta: sob o véu da pele, a
nudez da carne.
Na mesma sala, a 22 de Novembro, às 21h30,
O Grito estreia “Monólogos” em que apresenta “Os Malefícios do Tabaco” de Anton
Tchekhov seguido de “O Rei Imaginário” de Raúl Brandão (M/6). Duas peças irónicas e
intimistas num único espetáculo, com encenação de Anabela Neves e interpretação de
José Vaz e Jefferson Oliveira.
A peça “Diário de Anne Frank” (M/12) de
Frances Goodrich e Albert Hackett sobe ao palco do Auditório Pluricoop, no
Pragal, pelo Grupo de Teatro da Associação Cultural Manuel da Fonseca, no Sábado, 23 de Novembro, às
18h. Com encenação de Gisela Barroso, esta versão cénica de um dos livros mais
lidos no mundo conta com um vasto elenco.
Às 21h30, o Grupo de Teatro do Beira Mar
estreia o texto original “No mundo da Fantasia…” (M/8), da autoria e encenação
de Marisa Caeiro, Paula Guardado e Rui Vieira. «No
Mundo da Fantasia existe alguém a quem o destino roubou a filha e transforma
numa feiticeira má que, tentando aliviar a sua dor, lança uma maldição na busca
de uma nova menina. Da luta entre o mal e o bem, batalhas vão ser travadas,
numa história contada através da dança.»
No último dia da MTA,
24 de Novembro, Domingo, realiza-se a tertúlia “Mostra.Reescritas” sobre o tema
da dramaturgia com a presença de Anabela Mendes e Mickaël de
Oliveira
e moderação de Alexandre Pieroni Calado, Karas e Maria João Garcia. Este espaço
de debate é aberto ao público e acontece a partir das 16h no Teatro Extremo.
O encerramento da 17ª Mostra de Teatro de
Almada é às 21h30 nos Recreios da Trafaria, onde o GITT, grupo que soma mais de
40 anos, apresenta “O meu fado – muito mais do que uma pirosa estória de amor”
(M/12). Da autoria de Carlos Amaral, José Teixeira, Xico Braga e encenação de
Carlos Amaral, este espetáculo conta com a participação da fadista Ana Guerra e
dos músicos José Carita e Paulo Miranda. Num ambiente de Casa de Fado onde se
movem 12 personagens, ao som de música ao vivo, são debatidos problemas sociais
da atualidade e questões filosóficas como a eterna procura do amor.
Após o espetáculo, o público está convidado
para mais um espaço de convívio com os artistas que participam neste evento único e singular a nível nacional, uma organização conjunta
da Câmara
Municipal de Almada e Grupos de Teatro, desde 1996.