22 NOVEMBRO | SEXTA | 21H30
AUDITÓRIO FERNANDO LOPES-GRAÇAO Grito
MONÓLOGOS - OS MALEFÍCIOS DO TABACO SEGUIDO DE O REI IMAGINÁRIO | M/6 ESTREIA
O Grito apresenta neste espetáculo dois monólogos
breves, um russo, outro português. Duas peças que, no início do século passado,
inauguraram o que veio a chamar-se “teatro moderno”. Ambas apresentam uma bizarra
mistura de comédia e tragédia. Um conferencista veio para nos falar sobre os “malefícios
do uso e abuso de tabaco”, mas entra numa deriva de autocomiseração e expõe-nos
a sua vida miserável e mesquinha. Um antigo magistrado é lançado na prisão no culminar
de uma deriva de degradação em degradação, mas imagina que é rei absoluto. E
nós rimo-nos. Rimo-nos do trágico, do grotesco, do ridículo da vida.
Na época, a originalidade destas peças consistiu no uso da técnica de fluxo de consciência, mais tarde adotada por modernistas como James Joyce, e na rejeição de um propósito moral, sempre presente na estrutura das obras tradicionais. A renúncia à intriga convencional espelhava já novas diretrizes estéticas e ideológicas para o teatro. Longe dos estereótipos do vaudeville, donde afinal provêm, estes personagens, trágicos e grotescos, risíveis e lastimáveis, apresentam uma dualidade estrutural impensável em todo o teatro precedente.
Na época, a originalidade destas peças consistiu no uso da técnica de fluxo de consciência, mais tarde adotada por modernistas como James Joyce, e na rejeição de um propósito moral, sempre presente na estrutura das obras tradicionais. A renúncia à intriga convencional espelhava já novas diretrizes estéticas e ideológicas para o teatro. Longe dos estereótipos do vaudeville, donde afinal provêm, estes personagens, trágicos e grotescos, risíveis e lastimáveis, apresentam uma dualidade estrutural impensável em todo o teatro precedente.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Autor: Anton Tchekhov e Raúl Brandão
Tradução: José Vaz
Encenação e Dramaturgia: Anabela Neves
Interpretação: José Vaz e Jefferson Oliveira
Figurinos: Anabela Neves e São – Oficina dos Farrapos
Cenografia e Luz: Jorge Xavier
Grafismo: Nuno Nascimento
Produção Executiva: O Grito